Toda a Biologia é queer
Open Access
- 18 April 2020
- journal article
- Published by Universidade Federal de Juiz de Fora in Locus: Revista de História
- Vol. 26 (1), 172-188
- https://doi.org/10.34019/2594-8296.2020.v26.29804
Abstract
Ao sustentar o argumento de que toda a Biologia é queer o presente trabalho tem como objetivo jogar luzes sobre a importante discussão que diz respeito ao uso equivocado do conhecimento biológico frente à complexidade da temática da construção das identidades de gênero e sexual. A instrumentalização negativa dessa ciência e a ingenuidade relacionada à sua compreensão discursiva produzem uma série de erros comumente utilizados para a manutenção dos corpos queer em uma condição de anormalidade no interior de uma sociedade patriarcal, heteronormativa e binária. Assim, o artigo pretende mostrar que a Biologia se funda por essência na – e pela – biodiversidade e que sua epistemologia compreende os modos de existência queer, embora não exista nenhum tipo de determinismo biológico, mas arranjamentos singulares responsáveis pela constituição dessas subjetividades – processos de individuação relacionados às formas de desejo, aos modos de afecção e às performances, produzindo na condição contra-hegemônica dos sujeitos queer formas de resistências possíveis.Keywords
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- Teoria queer: uma política pós-identitária para a educaçãoRevista Estudos Feministas, 2001
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- Nothing in Biology Makes Sense except in the Light of EvolutionThe American Biology Teacher, 1973
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